Síndrome da Alienaçao Parental, eu sei o que é isso!
Já fazem 5 anos que eu me separei, e foi aí que começou o maior inferno da minha vida. Eu nem tenho medo de morrer e ir para o inferno, pois pior do que esse inferno que vivo em vida, nao poderá ser :(
A separaçao nao foi nada fácil, nem bonita, já que os erros e os pecados cometidos foram quase todos meus, mas isso foi apenas o inicio de uma tormenta que ate hoje nao teve fim.
No começo a tempestade nao foi muito forte, o que me fez pensar que iria passar logo, mas com o tempo foi aumentando, mais ventania, raios, trovoes, a pior tormenta que se possa imaginar.
Bem que dizem: "quem planta vento, colhe tempestade"... isso infelizmente é verdade.
Se passaram alguns meses, e foi em dezembro de 2005 que tudo ficou horrivel de verdade.
De repente meu ex-marido se mudou de cidade, e levou meus filhos com ele.
Eu tinha os numeros dos celulares, dele e da minha filha mais velha, mas isso nao faleu por muito tempo. Mudaram de numero, nao responderam minhas cartas, e mudaram de endereço.
Foi mais de 1 ano sem noticias, sem saber de nada :(
Ate que atraves de um parente, descobri o endereco, subi num trem, e fui pra la.
A felicidade de encontra-los foi muito maior que o ódio por terem desaparecido (é claro que o ódio nao senti por meus filhos, mas sim pelo pai deles).
Foi muito bom, eu trabalhava na creche de uma amiga, e nos fins de semana eles iam na minha casa, tudo perfeito...quase perfeito...
Pena que tudo isso nao durou muito tempo, e por outros problemas incomentaveis aqui, eu regressei pra cidade que eu morava, depois ate busquei meu filho mais novo para passar ferias comigo, isso foi em agosto de 2007, a ultima vez que vi meus filhos pessoalmente.
A gente morava no Japao.
Essa que desapareceu nessa foto foi eu:( ------------------------------->>>>>>>>>>>>>>>>>>De repente fiquei sabendo que haviam regrassado ao Brasil, e em seguida ele tinha voltado para o Japao, e qual nao foi minha surpresa, deixou meus filhos com sua irma, ou seja, tia das crianças.
Isso depois da gente ter conversado bastante, e combinamos que sempre elas estariam pelo menos com um de nos dois, e nao com outros da familia.
Ele reclamava que nao podia trabalhar direito, nao podia fazer muitas horas extras. Eu milhares de vezes e incansavelmente pedia para as criancas irem morar comigo, ja que nessa epoca eu ja trabalhava de novo, mas ele negou todos os meus pedidos, alegando que eu ja tinha outra familia, e que eu deveria cuidar dessa familia e esquecer os dois filhos que tive com ele.
Fui obrigada a voltar para o Brasil, mas meus filhos nao estavam na mesma cidade que eu vivo, onde viviamos todos, mas estavam bem longe, em Sao Jose dos Campos, e eu nao tinha dinheiro para ir ve-los, o dinheiro que eu tinha ja estava destinado a outra viagem, uma viagem bem longa e dificil, minha viagem para o Peru, para reencontrar meu atual esposo.
Por ter pouco dinheiro, nao pude ir de aviao, e viajei praticamente duas semanas ou mais, nao me lembro bem, em onibus, e onibus, e carro coletivo (como um taxi), onibus velho, onibus frio, onibus quente, hotel 0 (zero) estrelas para pelo menos poder tomar banho e descansar numa cama cheia de pulgas. Sube montanha, baixa a montanha, as criancas vomitando, onibus sem banheiro, 2 bancos para 4 pessoas)... isso foi uma aventura que nao quero repetir jamais na minha vida... mas como tudo tem o seu lado bom, estavamos juntos de novo.
Bom, mas voltando ao assunto, o ex voltou do Japao, depois que eu viajei, e eu nem sabia que ele ia voltar, isso porque eu nunca sei de nada. Dai uns 7 ou 8 meses depois as criancas voltaram a morar com o pai delas na mesma cidade da minha familia, agora eles estao la, e eu estou longe.
Hoje eu nao vivo nem de longe a mesma situacao financeira que vivia no Japao. a verdade é que falta de tudo, e um pouco mais.
As vezes eu choro de saudades, de tristeza, de raiva, de desespero, e as vezes nem sei porque eu choro, mas é tao facil chorar quando voce se encontra na beira do precipicio, que vc nem se da conta.
Eu lhes escrevi varias cartas, muitos emails, mandei muitas fotos, mas hoje, eles ja nao respondem nada.
Eu me lembro ainda de um recado deixado no meu orkut:"mae, eu acho que quando eu voltar pra ourinhos, a gente nao vai poder mais conversar, pois meu pai disse para nao conversar mais com a senhora"... eu guardava essa mensagem, mas ela foi la e apagou :(
Sempre que eu ligo eles nao estao.
Diz ele que estao ocupados, ou passeando, ou fazendo qualquer outra coisa ou nao querem falar comigo.
Eles ja nao expressam nenhum sentimento por mim. Quando falamos eu sinto como se eles estivessem falando com uma pessoas estranha, tamanha a frieza de suas palavras.
Eu escrevo aqui no meu blog, a minha saudade, a minha tristeza e o meu desespero.
Eu nao vou desistir.
Hoje o maior obstaculo eh nao ter dinheiro para regressar ao Brasil, mas estamos lutando par mudar essa situaçao.
Eu tenho a culpa de muitas coisas, mas eu amo meus filhos, e sempre vou amar.
Ainda que eles me esqueçam, me odeiem, ou sei la o que eh pior,.... nao tem problema, eu nunca vou deixar de ser a mae deles, nem que eles desejem isso.
Eu nunca vou ser um monstro que faz sofrer aos proprios filhos para satisfazer sua propria vingaça. Isso eh coisa de monstro, desumano e cruel. Nao merecia ter filhos tao lindos como eles.
Mas...Deus sabe pelos caminhos que andamos.
Algum dia da minha vida ele foi um bom marido, assim como eu tambem fui uma boa mulher, e fomos uma boa familia. Eu que nesse momento o escolhi para pai desses meus dois filhos, nao o culpo, eu o escolhi, assim como ele me escolheu. Hoje, depois que tudo acabou, apagamo-nos um da vida do outro, mas eu nunca o apagaria da vida dos nossos filhos, mas ele sim, me esta apagando da vida dos meus tao amados filhos Alessandra e Hideki.
Sejam contra a alienaçao parental, só quem NAO AMA comete esse crime.
Assistam se puderem ao documentario brasileiro "a morte inventada",um filme de Alan Minas, produzido por Caraminholas Filmes.
Eu assisti e chorei soh de imaginar que esse tipo de violencia esta sofrendo meus proprios filhos :(
NUNCA COMETAM ESSE CRIME, SE VOCE SE SEPAROU, SE ODEIA SEU EX, SE ELE FOI UMA MERD... COMO ESPOSO, ESQUEÇA-LO, NAO FALE COM ELE, NAO O AME, OU SE QUISER, O ODEIE, MAS NAO PRIVE SEUS FILHOS DESSA CONVIVENCIA, DESSE AFETO. NEM SEMPRE UM PESSIMO MARIDO É UM PESSIMO PAI, NEM SEMPRE UMA PESSIMA ESPOSA É UMA PESSIMA MAE.
PODEMOS DEIXAR DE SER MARIDO E MULHER, MAS JAMAIS DEIXAREMOS DE SER PAI E MAE.
"DEUS, TENHO PIEDADE DELES, POIS ELES NAO SABEM O QUE FAZEM! AMEM."
Amo voces... com todo meu amor.. mamae giovana
